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E a danada da inveja, heim... xô! xô!

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terça-feira, 15 de janeiro de 2008

QUEM EU SOU (Zelinda Barros)

Não sou morena
Tampouco escurinha
Quem eu sou?
Negra

Subverto a ordem e a regra
Desarmo o sistema e revelo a sua cor
Quem eu sou?
Negra

Exalo minha ancestralidade através do ato
Pouco importa se a cor da minha pele é preta de fato
Quem eu sou?
Negra

Sou mulher por insistência
Conheço e desafio essa referência
Quem eu sou?
Negra

A voz que tentam sufocar
O meu corpo exala numa ginga, num pensar
Quem eu sou?
Negra

Rompendo as amarras mostro minha cara
E as garras mostro a quem me obriga
Quem eu sou?
Negra

Mesmo que tentem oprimir, diminuir, fazer desistir
Que continuem a abalar, desqualificar, desafiar
Por nada deixarei de ser e me afirmar
Negra

2 comentários:

vevebrito disse...

Ese poema incisivamente belo é de sua autoria,minha Coordenadora Querida?
VERDADE É ISSO!

Zelinda Barros disse...

Olá, Vera!
è meu, sim. De vez em quando, rabisco algumas coisinhas... bjs